No dia 28 de abril, o Instituto Federal Catarinense, câmpus Videira, promoveu um evento sobre os 100 anos do Contestado. Os palestrantes convidados foram o Historiador e Coordenador do Museu de Taquaruçu, Pedro Aleixo Felisbino, que abordou sobre a “A Guerra do Contestado em Taquaruçu” e Ivan Carlos Serpa, professor de História do Câmpus Fraiburgo, que ministrou o tema “Contestado, Restos Mortais: o que o passado tem a ver com nossas vidas hoje?”.
Os alunos Fernando Regorini e Matheus Giusti, do 2 ano do Técnico Integrado de Informática do IFC Videira destacaram a importância do evento. “Contribuiu para o nosso aprendizado porque foi um movimento que marcou a nossa região”, garantiram os alunos.
O evento contou também com a exposição Contestado Restos Mortais – Peças do Museu de Taquaruçu.
Sobre a Guerra do Contestado
Conflito que vigorou entre as fronteiras do Paraná e Santa Catarina entre 1912 e 1916, em uma área povoada por sertanejos. Uma população carente, sem terras e que sofria por falta de alimentos. Existia uma forte opressão por parte dos fazendeiros Subsistiam sob a opressão dos grandes fazendeiros e de duas empresas americanas que operavam na região: Brazil Railway, responsável pela implantação da via ferroviária que uniu o Rio Grande a São Paulo, e uma madeireira.
Essa situação revoltou os sertanejos e foi o estopim para o conflito, que se destacou por sua característica sócio-política. Os sertanejos encontraram o apoio que precisavam nos monges – religiosos que peregrinavam pelo sertão. No ano de 1912, um monge, conhecido como José Maria , une-se aos sertanejos revoltados.
O governo federal não viu com bons olhos o trabalho de José Maria, que passou a representar um risco para a ordem e segurança da região. Ele e seus seguidores foram severamente reprimidos pelas multinacionais e pela guarda armada do governo federal. Em de novembro de 1912 ocorreu a batalha de Irani, o qual marcou este conflito e desencadeou na morte do monge José Maria. Os sertanejos, inconformados com a morte de seu líder, partem para o extremo, dando início a uma guerra civil.
A guerra terminou somente em 1916, quando as tropas oficiais conseguiram prender Adeodato, que era um dos chefes do último reduto de rebeldes da revolta. Ele foi condenado a trinta anos de prisão.